A importância dos respiradores

07/11/2018

Quando falamos sobre segurança no trabalho, certamente, estamos falando de diversas facetas. Sejam exercícios laborais para quem trabalha sentado ou mesmo o uso de luvas adequadas para quem trabalha com riscos biológicos, medidas de segurança podem ser adotadas em todos os locais.

Dentro dessas medidas estão os respiradores, que são Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Esses são um dos fatores mais importantes para a segurança de um indivíduo na execução de suas tarefas diárias.

Quer saber mais sobre os respiradores, os seus tipos e também quando usá-los? Continue lendo esse texto, falaremos tudo sobre esse assunto!

A IMPORTÂNCIA DOS RESPIRADORES

Onde quer que exista trabalho devem haver medidas de proteção do trabalhador, dentre todas elas estão os já mencionados EPIs. Estes estão presentes em uma boa parcela das atividades e servem justamente para diminuir ou anular o risco que o colaborador está exposto ao desenvolver suas atividades.

Ainda em uma subclassificação dos EPIs estão os respiradores, esses são equipamentos feitos para proteger as vias aéreas, seja de um efeito nocivo direto, a exemplo de quando se trabalha com pós minerais ou para proteger da absorção de químicos que terão efeito em todo o corpo, como gases e vapores diversos.

Mas respiradores não só retiram impurezas do ar, eles também servem para garantir a sobrevivência em ambientes hostis. Um exemplo muito prático que ilustra bem essa situação é o trabalho em ambientes confinados que não tem oxigênio o suficiente. São utilizadas máscaras que entregam o oxigênio necessário para que o trabalhador execute suas tarefas.

Vale ressaltar que é de total responsabilidade do contratante fornecer os equipamentos de proteção necessários para o indivíduo, além disso, eles devem ser adequados para o desempenho da função.

No caso dos respiradores, o Fator de Proteção Atribuído deve estar de acordo com a concentração de poluentes do ar! Tudo isso nos leva ao

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

O Programa de Proteção Respiratória ou PPR para os íntimos é o setor de segurança do trabalho que visa manter a segurança necessariamente nesse âmbito. Os principais processos e serviços envolvidos são:

  • Avaliações médicas;
  • Testes e escolha dos equipamentos de segurança;
  • Testes para determinar a segurança do ar;
  • Treinamento para o uso dos respiradores;
  • Manutenção da cultura da segurança através da aprendizagem continuada;
  • Procedimentos de limpeza, manutenção, descarte, reparo e armazenamento dos respiradores e muito mais.

O PPR foi criado pela Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 1994, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e, como já exposto acima, regula todos os aspectos que dizem respeito a segurança respiratória. Mas de quem são essas obrigações?

AS RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR SEGUNDO A INSTRUÇÃO NORMATIVA

  1. Designar um gestor para o PPR;
  2. Providenciar os recursos necessários para a efetividade das ações do PPR;
  3. Fornecer os respiradores adequados;
  4. Permitir que o trabalhador deixe o local de trabalho no caso de mal funcionamento do respirador, incluindo a penetração de contaminantes, o entupimento do equipamento, possíveis manutenções, etc.
  5. Investigar o mal funcional do respirador e sanar suas causas quando possível;
  6. Fornecer somente EPIs com Certificado de Aprovação emitido pelo MTE e Previdência Social.

RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR DO PPR

  1. Preparar os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para o uso coletivo;
  2. Avaliar o ambiente de trabalho para definir os riscos respiratórios;
  3. Selecionar o respirador adequado;
  4. Documentar as ações do PPR a fim de avaliar sua eficácia;
  5. Divulgação do programa e das medidas de segurança;
  6. Revisão dos POPs;
  7. Gerenciar ações de treinamento;
  8. Atualização constante.

A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE AR

Dos pontos acima levantados, a avaliação da qualidade do ar pode ser feita através da avaliação da Ficha de Informação e Segurança de Produto Químico (FISPQ).  Nesse documento ficam todas a informações no que diz respeito aos seus efeitos na saúde dos indivíduos que lidam com ele diariamente.

O levantamento da FISPQ deve ser feito para todos os químicos presentes no local de trabalho e a concentração dos químicos no ar deve ser feita de acordo com o que é considerado zona de respiração (20 cm do nariz). Os resultados então devem ser confrontados com os limites dispostos na Norma Regulamentadora (NR) 15 que trata sobre Atividades e Operações Insalubres.

Os tipos de respiradores

Existem uma enorme variedade de respiradores para satisfazerem os mais diversos. Também podemos nos referir como PFF ou peça facial filtrante. Todos esses respiradores são descartáveis.

1. Proteção contra o tipo de aerossol

(S) – Gazes a base de água.

(SL) – Gazes a base de água e substância orgânicas (oleosos)

2. Os tipos de filtros

Um ponto interessante a se levantar aqui é que independente de ser a máscara completa ou o filtro, essa classificação se aplica para ambos. A diferença é que a nomenclatura PFF é para quando a máscara é o próprio filtro e P somente para o filtro. Vejamos abaixo:

  • PFF1 (P1) – Eliminam no mínimo 80% das impurezas;
  • PFF2 (P2) – Eliminam no mínimo 94% das impurezas;
  • PFF3 (P3) – Eliminam no mínimo 99% das impurezas.

Vale ressaltar que a máscara ou o filtro, independente do seu grau de efetividade deve ser substituído quando usados até 10 vezes o limite de exposição ocupacional. De forma geral o uso desse EPI não deve ser utilizado contra gases ou vapores diretos; pinturas via spray; jateamento de areia ou para se proteger de névoas oleosas.

Também não é indicado para trabalhar em atmosferas com menos de 18% de oxigênio, como locais confinados; atmosferas explosivas e quando a concentração dos contaminantes é Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS).

Certamente o uso de um equipamento tão básico como os respiradores deve ser observado de perto. Esperamos que esse texto tenha sido instrutivo e tenha te deixado ainda mais atento a segurança no trabalho.




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